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como fazer um diagrama de pareto

Diagrama de Pareto: O Que É e Como Fazer

O Que É O Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto, também conhecido como Diagrama ABC ou Diagrama 80/20, é uma representação gráfica de colunas que ordena, de maneira decrescente, os fenômenos ou causas dos processos produtivos.

Além disso, a técnica é considerada como uma das 7 ferramentas da qualidade. Ou seja, é utilizada para auxiliar na resolução de desvios dentro dos processos de produção, colaborando na manutenção e melhoria contínua da gestão da qualidade.

O diagrama faz parte do Método de Análise de Pareto. Assim, ele é baseado em priorizar fatores para gerenciar ações de maneira eficaz.

Foi criado em 1950 pelo economista e sociólogo Vilfredo Pareto e posteriormente aprimorado por Joseph Moses Juran em seu trabalho “A Teoria da Distribuição Desigual das Perdas em Qualidade”, onde nasceu o famoso “Princípio de Pareto”.

De modo geral, a visualização do Diagrama de Pareto se dá pela exposição gráfica de uma grandeza em ordem decrescente, onde a aplicação do plano de ação para os fenômenos ou causas analisadas é implementado nos principais fatores.

diagrama de pareto exemplo

Tipos de informações de acordo com o princípio 80/20:

  • Vitais: poucas informações (20%) que geram muitos resultados (80%).
  • Triviais: muitas informações (80%) que geram poucos resultados (20%).

Visto que, pelo fundamento 80/20 – 20% das causas produz 80% dos efeitos -, adequar as ações corretivas concentrando-as nas causas mais relevantes é extremamente viável economicamente, já que se obtém mais resultados empregando menos recursos.

Nesse sentido, o objetivo do Diagrama de Pareto não é atuar na identificação das causas ou fenômenos, mas sim na organização e estratificação destas.

Utilização do Diagrama de Pareto

Resolver problemas é um processo inerente dentro das organizações, e embora seja uma premissa da função de muitos cargos das empresas, o número de gaps para solucionar pode tornar a tarefa extremamente complicada.

Com isso, nota-se a importância de se utilizar uma ferramenta – Diagrama de Pareto – para organizar e priorizar os desvios e atuar nas causas de maneira eficaz.

Desse modo, a ferramenta é utilizada para estruturar os itens mais relevantes, por meios visuais, conhecendo-se quais aspectos são vitais e quais são triviais. Para assim, priorizar as ações corretivas das anomalias.

Ao analisar as informações quando organizadas graficamente, percebe-se rapidamente onde aplicar os recursos (tempo, dinheiro, homem-hora, etc.) e obter resultados produtivos.

Quando usar o Diagrama de Pareto:

  • Na identificação das principais fontes de custo
  • Na identificação da frequência de problemas em processos de produção
  • No estabelecimento de foco frente à vários problemas
  • Na estratificação das principais anomalias em equipamentos
  • Na identificação dos principais fatores que afetam os processos produtivos
  • Na identificação da distribuição dos recursos da organização
  • Na identificação de ações prioritárias para futuros investimentos em projetos

Além disso, existem basicamente dois tipos de diagramas de pareto que são utilizados de acordo com o caso analisado.

Tipos de Diagramas de Pareto:

  • Diagrama de Fenômenos: mostra qual é o principal problema que ocasionou o desvio. Podem ser, como por exemplo: alto custo, defeitos de qualidade, alto prazo de entrega, etc.
  • Diagrama de Causas: aponta quais são as causas mais relevantes que ocasionaram o efeito do problema analisado. Podem ser, como por exemplo: erro na especificação da matéria prima, falta de combustível, erro de apontamento, etc.

Como Fazer o Diagrama de Pareto?

Existem algumas maneiras para se criar um Diagrama de Pareto. Pode-se utilizar softwares, como por exemplo: MS Excel, Libre Office, ThoughtSpot. Nesse caso, iremos utilizar o MS Excel.

Passo a passo de como elaborar um Diagrama de Pareto:

1. Definir o problema e identificar o seu efeito

Antes de iniciar a elaboração do diagrama de pareto defina com clareza o problema e o efeito a ser analisado.

2. Descobrir as causas que provocaram o efeito

Anote as principais causas do efeito, pode-se utilizar outras ferramentas da qualidade nesse momento, como por exemplo: o Diagrama de Ishikawa.

3. Estabelecer um padrão para a ordem de grandeza das causas

Determine uma unidade de medida padrão para os fatores a serem priorizados. (frequência, quantidade, custo, tempo, etc.).

4. Definir o período para a coleta de dados

Estabeleça um intervalo para a coleta de informações (dia, mês, ciclo, etc.).

5. Elaborar uma tabela com as informações das causas

Crie uma tabela para estruturar e organizar os dados: descrição, quantidade, porcentagem acumulada e porcentagem individual.

6. Ordenar os fatores causais de maneira decrescente

Organize os fenômenos ou causas em ordem – do maior para o menor. Para assim, estruturar as informações em ordem decrescente.

Após, preencha as porcentagens individuais e acumuladas.

7. Selecionar a tabela e criar um gráfico de colunas agrupadas

Selecione a tabela até a penúltima linha e clique na aba “Inserir”. Após, insira o gráfico de colunas agrupadas.

8. Criar a linha de porcentagem acumulada

Selecione a “% Acumulada” e depois clique em “Alterar Tipo de Gráfico de Série”. Após, escolha a opção “Linhas com Marcadores”.

9. Configurar as informações do gráfico.

Finalize alterando as informações do gráfico, como por exemplo: título, rótulos de barras e linha, etc.

Fatores Importantes na Elaboração

Durante a elaboração do Diagrama de Pareto, é imprescindível observar alguns pontos críticos para obter sucesso no resultado pós análise.

  • Caso a categoria “Outros” represente um grande volume, recomenda-se utilizar outra classificação
  • Se possível, representar as causas em valores monetários
  • Se alguma das causas pode ser resolvida facilmente, é viável solucionar a mesma imediatamente, independentemente da sua importância.
  • A aplicação do Diagrama de Ishikawa é uma boa prática na resolução das anomalias, pois é uma excelente ferramenta para identificar causas.

Portanto, após priorizar os fenômenos ou causas de um problema, deve-se implementar o plano de ação nas ocorrências mais relevantes. Assim, o gerenciamento dos recursos para obter os resultados desejáveis será mais eficaz.

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